Focus Educacional

Comunicação: a Sustentabilidade da Escola

 


De acordo com o Dicionário Aurélio, SUSTENTÁVEL é tudo aquilo que se pode sustentar. O que é capaz de se manter mais ou menos constante, por um longo período. Trazendo essa definição para dentro das escolas, chego à conclusão de que a COMUNICAÇÂO é a chave para a sustentabilidade de uma escola.

Segundo o MEC e o Inep, as escolas particulares respondem por aproximadamente 14,6% do total de matrículas no Ensino Básico. Um estudo feito pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV) aponta que o custo médio anual por aluno, no ensino fundamental, gira em torno de R$ 2 mil. Este valor se aplica tanto para escolas particulares como públicas. O valor estimado pelo Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi), índice elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação que estipula o mínimo necessário para oferta de uma educação de qualidade para os primeiros anos do ensino fundamental, é de R$ 2.194,56.

Se observarmos bem as escolas particulares veremos que, de acordo com o perfil da classe social atendida, cada uma tem a sua própria peculiaridade, mas os serviços oferecidos são basicamente os mesmos. O que justifica então a matrícula de um aluno nesta ou em outra escola? A excelência do atendimento prestado a todos os envolvidos nesta relação. O número de estabelecimentos particulares de ensino vem crescendo a cada ano. O país, embora muito mais por pressões externas do que pela vontade interna, começa a dar mais valor à educação e, consequentemente os pais começam a questionar e a comparar a relação custo-benefício. Embora a ideia do que seja uma “boa escola” possa variar bastante de acordo com as necessidades de cada família, os pais cada vez mais começam a ir atrás dos indicadores de qualidade ao escolher a escola.

Ao gestor escolar, cabe escolher como vai apresentar a escola á comunidade. Cada vez mais o que faz diferença de uma escola para outra é o atendimento personalizado aos clientes. As escolas que quiserem se manter neste mercado altamente competitivo precisam entender que todos os setores estão ligados aos gestores. Por isso é preciso reavaliar as relações entre todos que compõem aquela escola. Ao gestor cabe deixar claro que valores ele quer agregar à sua escola e garantir que todos os integrantes de sua equipe conheçam o significado destes valores. Todos, sem exceção, precisam falar a mesma língua. Caso contrário o que temos são apenas informações desencontradas e que não contribuem em nada para a formação do perfil da escola.

Para garantir uma comunicação clara é necessário incentivar a troca de experiências entre os diversos setores. Ouvir os envolvidos no processo garante a construção de estratégias mais assertivas e evita equívocos e desgastes.
Os responsáveis pelas escolas precisam atentar para a importância de investirem na formação continuada e no treinamento de toda a equipe escolar. Por outro lado, pais e responsáveis precisam começar a cobrar das escolas que escolheram um serviço que esteja à altura dos altos valores que pagam pela mensalidade dos seus filhos.

É claro que é importante que as escolas invistam em tecnologia, espaços diferenciados… mas Educação não pode ser um produto que se compra ao ver um outdoor na rua ! Educação é um produto que é feito por gente. Gente que precisa ser formada, gente que precisa estar atualizada, gente que precisa ser valorizada! Uma escola onde os funcionários não falam a mesma língua, onde todos “sabem de quase tudo um pouco e quase tudo mal” certamente é uma escola que não investe em sua equipe e, consequentemente, não está oferecendo ao consumidor final o serviço de excelência pelo qual ele está pagando. Não se faz Educação de qualidade sem investimento. Não existe Educação sem Qualidade!
(#pronto falei ).

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