Tem um dos melhores sistemas educacionais do mundo tem
Tem crianças que vão para à escola somente aos 7 anos tem
Tem 161 escolas básicas tem
Tem 38 escolas secundárias tem
Tem 37 escolas vocacionais ou técnicas tem
Tem 31 escolas politécnicas tem
tem 20 universidades tem
Tem professores valorizados tem
Tem uma população de 5.200 milhões tem
E tem muito mais. Tem cursos de formação de professores que levam em média 5 a 6 anos. Tem um currículo básico nacional, dando autonomia às escolas para que formulem seus currículos específicos, respeitada a carga horária exigida, enfim, não há dúvidas de que a Finlândia é o sonho de consumo de qualquer um que realmente se interesse por educação.
Mas o que motivou este post foi a foto lá em cima e esta matéria aqui, que ilustra o post, e que vem sendo amplamente divulgada em diversos grupos dos quais faço parte com debates ferrenhos: “Finlândia será o primeiro país do mundo a abolir a divisão do conteúdo por matérias.”
Se não me engano a Ponte já faz algo muito parecido e o Instituto Lumiar em São Paulo, também. O que mais me preocupa, ou melhor, incomoda, são as comparações com o Brasil feitas nos comentários onde as matérias foram veiculadas.
Professores que comentam apenas a questão dos salários ( deixam de lado o tempo de formação, as exigências, etc.). Pais que comentam apenas os resultados nos exames de PISA( deixam de lado as obrigações, conduta e participação na vida escolar dos filhos que são exigidas).Leigos, em geral,que apenas criticam o sistema educacional brasileiro.
Ninguém tem dúvida da ineficiência e do sucateamento do sistema educacional brasileiro, e não só do público, mas da rede privada também. Mas não é simplesmente pegar o que se faz lá e transportar para cá.
Estamos falando de um sistema educacional , considerando os estabelecimentos particulares, responsável pela educação de 53 milhões de alunos.Oi? É isso mesmo! Só as rede públicas brasileiras são responsáveis hoje pela educação de 45 milhões de alunos. Este número envolve todos os níveis e modalidades de ensino, inclusive o superior.
Estamos falando de 53 milhões contra algo em torno de 400 mil. Não estou defendendo a educação brasileira, longe disso. Estou apenas convidando todos a pensar no modelo educacional que realmente queremos e principalmente no fato de que esta” reforma educacional” dependerá de todos nós, pais, professores e sociedades.
Queremos tanto ver mudanças, mas até que ponto estamos nós, como indivíduos, dispostos a mudar.
Para conhecer melhor o assunto sugiro as leituras:
Livro Finish Lessons, de Pasi Sahlberg